terça-feira, 9 de janeiro de 2018

CRONOLOGIA ESSENCIAL DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES



Para fazerem o friso cronológico podem inspirar-se aqui (clicar no sublinhado)

Sugiro que, antes de me perguntarem sobre a localização dos lugares, visitem este mapa (clicar no sublinhado). É relativamente pobre, mas responderá a grande parte das vossas dúvidas.
I : VIAGENS NO ATLÂNTICO (1418 - 1488)

Meus amigos, isto é, apenas, uma lista, mas espero que vos dê uma ideia clara, em primeiro lugar, da dimensão enorme do projecto expansionista português e, em segundo lugar, da extensão temporal em que tudo aconteceu. Imaginem os meios que foi preciso arregimentar!

1418/19 - João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira desembarcam na ilha de Porto Santo.
...........1420 - Início do povoamento da Madeira

1427 - Diogo de Silves descobre o grupo oriental dos Açores.

1434 - Gil Eanes dobra o Cabo Bojador, até então considerado o limite do mundo (vê aqui onde fica. Utiliza o zoom)

1435 - Gil Eanes e Afonso Baldaia atingem a angra dos Ruivos (vê aqui onde fica.)
........
1436 - Afonso Baldaia navega até à Pedra da Galé.

............. Paragem nos descobrimentos. Expedição a Tânger.
Morte de D. Duarte. Lutas internas em Portugal

1439 - Início do povoamento dos Açores

1441 - Nuno Tristão navega até ao Cabo Branco.

1443 - Nuno Tristão descobre as ilhas de Arguim e das Garças

1444 - Nuno Tristão descobre o rio Senegal.
.......... Dinis Dias atinge o Cabo Verde e a ilha das Palmas

1445 - Álvaro Fernandes chega ao cabo dos Mastros (Reg Cape)
......... Início da construção da fortaleza de Arguim
......... Diogo Afonso levanta o primeiro padrão de madeira no cabo Branco

1446 - Nuno Tristão descobre o rio Gâmbia (ele e dezoito companheiros serão mortos pelos indígenas)

Paragem nas viagens de descobrimento (1447 - 1455).
Desenvolvimento dos contactos comerciais com a feitoria de Arguim

1456 - Cadamosto (veneziano ao serviço do Infante D. Henrique) navega até aos rios da Guiné.
........... Diogo Gomes explora os rios da Guiné (Guiné Bissau).

1460 - Morte do Infante (13 de Novembro)
...........Pedro de Sintra descobre a Serra Leoa e navega até ao cabo Mensurado
........Diogo Gomes e António de Nola descobrem algumas ilhas orientais de Cabo Verde (Santiago, Fogo, Maio, Boavista e Sal)

1462 - Diogo Afonso descobre as ilhas ocidentais de Cabo Verde (S. Nicolau, Santa Luzia, Santo Antão, S. Vicente e Brava)

Nova paragem nos descobrimentos (1462 - 1469).
Desenvolvimento do comércio na Guiné.
Campanhas marroquinas de D. Afonso V
Dificuldades de navegação na zona do Equador

1469 - Arrendamento do comércio africano a Fernão Gomes, com a condição de descobrir, anualmente, 100 léguas (cerca de 500 km).

1470 - Soeiro da Costa atinge o cabo das Três Pontas (Gana)

1471/72 - João de Santarém e Pero Escobar descobrem as ilhas de S. Tomé, Príncipe e Ano Bom.
........... Exploram a costa africana até à foz do rio Níger. São os primeiros europeus a passar o Equador.

1472 - Fernão do Pó descobre os Camarões e a ilha Formosa (ilha de Fernando Pó)

1474 - Lopo Gonçalves e Rui de Sequeira descobrem o rio Gabão, o cabo de Lopo Gonçalves (Cape Lopez) E atingem o Cabo de Santa Catarina (Cape of Saint Catherine)

...........Viagens de João Vaz Corte-Real no Atlântico, junto às costas da Gronelândia

Nova paragem nos Descobrimentos (1475 - 1481).
Guerra com Castela; apresamento de navios castelhanos na Guiné
Tratado das Alcáçovas (1479)
Morte de D. Afonso V (1481)

1482 - Diogo de Azambuja inicia a construção da fortaleza de S. Jorge da Mina (Elmina Bay, Gana)
........... Primeira viagem de Diogo Cão além do cabo de Santa Catarina, até à baía de Molembo

1483 - Diogo Cão descobre o rio Congo (Zaire) e explora a costa de Angola até ao cabo do Lobo (cabo de S.ta Maria)

1485/86 - Terceira viagem de Diogo Cão até ao cabo do Padrão (Cape Cross) e à ponta dos Farilhões.
........... No regresso sobe o rio Zaire até Ielala (onde deixa pedras inscritas) e contacta com o rei do Congo

1487 - Início das viagens de Bartolomeu Dias e de Pero da Covilhã

1488 - Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança.
........... Desembarca na Angra de S. Brás (Mossel Bay, a 3 de fevereiro) e explora a costa até ao rio do Infante (Gret Fish River)

........... Pero da Covilhã visita Cananor, Calecute e Goa (Índia, 1488), Sofala (Moçambique) e interna-se na Etiópia (1491).

CRONOLOGIA ESSENCIAL DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

II : DESCOBRIMENTOS APÓS 1488

Paragem nas viagens de Descobrimentos (1489-1493)
Colombo descobre as Antilhas (1492)
Tratado de Tordesilhas (1494)
Morte de D. João II (1495)

1495 /96 - Pedro Barcelos e João Fernandes Lavrador exploram a costa da Gronelândia

1497 /99 - Viagem de Vasco da Gama à Índia

[1497 - Expedição inglesa às costas americanas com João Fernandes Lavrador e João Caboto (veneziano). Descoberta do Lavrador (Canadá)]

1499 /1500 - Primeira viagem de Gaspar Corte-Real à Gronelândia e à Terra dos Corte-Reais (Canadá)

1500 - Segunda viagem à índia capitaneada por Pedro Álvares Cabral.
.......... Descobrimento do Brasil (22 de Abril) e da ilha de Madagáscar (10 de Agosto) por Pedro Álvares Cabral

1501 - Segunda viagem de Gaspar Corte-Real à Terra Nova.
.......... Exploração das costas da Florida por portugueses

1501 /02 - Terceira expedição marítima à Índia capitaneada por João da Nóvoa.
.......... Descobrimento das ilhas de Santa Helena e da Ascensão.
.......... Viagem de Miguel Corte-Real à Terra Nova

1502 /03 - Quarta expedição marítima à Índia capitaneada por Vasco da Gama.
.......... Descobrimento das ilhas Seicheles e Almirante

1506 - Sexta viagem à Índia capitaneada por Tristão da Cunha.
.......... Descobrimento das ilhas Tristão da Cunha.
.......... D. Lourenço de Almeida chega a Ceilão (Sri-Lanka, a Taprobana de que fala Camões)

1608 /9 - Décima expedição à Índia capitaneada por Diogo Lopes de Sequeira.
.......... Chegada a Samatra e a Malaca (1509)

1510 - Afonso de Albuquerque conquista Goa

1511 - Afonso de Albuquerque conquista Malaca
.......... Descobrimento das ilhas Mascarenhas

1512 - Francisco Serrão atinge as ilhas Molucas e Timor

1513 - Jorge Álvares chega à China (foz do rio Cantão)

1514 - João de Lisboa descobre o rio da Prata (América do Sul)

1519 /20 - João Álvares Fagundes explora a costa americana desde a Terra Nova até ao estuário do rio S. Lourenço (Canadá)

1522 - Cristóvão de Mendonça chega ao continente australiano
.......... [Fernão de Magalhães descobre a passagem do Sudoeste (estreito de Magalhães)]

1543 - Chegada dos portugueses ao Japão (ilha de Tanegashima)

1595 - [Pedro Fernandes de Queiroz descobre as ilhas Marquezas (ao serviço de Espanha)]

1606 - Pedro Fernandes de Queiroz descobre as ilhas de Tahiti e as Novas Hébridas.
.......... Luís Vaz de Torres (da armada do anterior) descobre o estreito entre a Austrália e a Nova Guiné (Estreito de Torres)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ILUMINISMO: DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

1
As nossas esperanças no futuro da humanidade podem resumir-se aos seguintes três pontos importantes: a abolição da desigualdade entre as nações, o progresso da igualdade entre as pessoas e o aperfeiçoamento do ser humano.
Chegará o momento, em toda a Terra, em que o Sol apenas iluminará homens livres, sem outro senhor que não seja a sua própria razão (…). Podemos instruir o povo e transmitir-lhe os conhecimentos necessários (…). Cada um conhecerá os seus direitos e será senhor de si próprio. A instrução (…) contribuirá para corrigir a desigualdade (…) e fará acelerar o progresso daas ciências e das artes.
Condorcet, Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano,  1793

2
Todos os homens são naturalmente livres. Aqueles que, graças ao poder, ao nascimento ou à riqueza, beneficiam de privilégios, devem tratar os outros como iguais, evitando humilhações e exigências despropositadas. A violação deste princípio é que originou a escravidão. (…)
Nenhum homem recebeu da Natureza o direito de dirigir os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo tem o direito de a utilizar como entender, tal como utiliza a razão. (…) O poder que se baseia na violência não é mais do que uma usurpação e só durará enquanto durar a força do usurpador e a submissão dos dominados. Quando estes sacodem o jugo e expulsam o tirano fazem uso de um direito legítimo. (…) O príncipe recebe dos seus súbditos a autoridade que exerce sobre eles.
Diderot, «Liberdade» in  Enciclopédia (1751)
  
3
Existem, no Estado, três poderes: o poder legislativo, o poder executivo e o poder judicial. (…) Quando, na mesma pessoa ou na mesma instituição se reúnem o poder legislativo e o poder executivo, não existe o mínimo de liberdade, pois que quem faz as leis é o mesmo que as aplica. E, se as leis são tirânicas, serão aplicadas de forma tirânica. Igualmente não existirá liberdade se o poder d julgar não estiver separado dos outros poderes.
Montesquieu, O Espírito das Leis (1748)

4
O homem nasce livre e senhor da sua própria vontade e não pode ser governado por quem quer que seja sem o seu próprio consentimento. Decidir que o filho de um escravo nasce escravo é decidir que ele não nasce homem. (…).
Na sociedade, a minoria deve submeter-se à vontade da maioria (…). As decisões que devem prevalecer são aquelas que representam a vontade geral (…). É verdade que cada um, quando vota, exprime a sua própria vontade. Mas é do número total de votos que resultará a vontade geral. Se o resultado geral não estiver de acordo com a minha vontade, isso significa apenas que a maioria está em desacordo comigo e que eu me devo submeter. Nem por isso deixarei de ser livre.

Jean-Jacques Rousseau,  O Contrato Social (1762)

Agora, é só preencher a grelha, como combinámos.


Os princípios iluministas e a sua ruptura com o absolutismo



Princípio
Citação
LIBERDADE

IGUALDADE

SOBERANIA POPULAR

SEPARAÇÃO DE PODERES

CONTRATO SOCIAL

RESISTÊNCIA CONTRA A OPRESSÃO

Actualizado a 17/9/2017

segunda-feira, 7 de março de 2016

FICHA DE TRABALHO

Atendendo, aos vossos pedidos, aqui fica a ficha de trabalho. Podem copiar as imagens e colá-las em Word.


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

TRABALHO DE PESQUISA

A ajuda prometida está na barra lateral.

Como combinado, aqui deixo os "links" para orientar a vossa pesquisa.

Entrem aqui, aqui, aqui e aqui.

Boa pesquisa!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O MOSTEIRO [DE SANTA MARIA DA VITÓRIA] DA BATALHA


Vimos a beleza extrema do Mosteiro da Batalha. Estas imagens servem para que todos gostemos ainda mais. A primeira é um vídeo simples que está no YouTube; mas a segunda (que se esconde por debaixo do sublinhado) permite grande interacção. Abram a página e escolham "visita virtual" e depois brinquem com o rato, fazendo deslizar as imagens e tudo quanto vos apetecer. Depois digam alguma coisa.



___


Nota: para ver a segunda proposta é preciso ter acesso ao "Google Earth". Peçam autorização aos vossos pais para o descarregarem a partir desta página. É gratuito.




PADRÕES DOS DESCOBRIMENTOS

São tantas as marcas Portuguesas pelo mundo!

Para assinalar as terras descobertas, os navegadores portugueses colocavam padrões que, além de indicarem a autoria, serviriam de ponto de referência, àqueles que ali chegassem nas viagens seguintes.

Eis dois exemplos:







O primeiro é o padrão de Santo Agostinho, colocado por Diogo Cão no Cabo de Santa Maria em 1482. Actualmente está na sociedade de Geografia de Lisboa. Nele pode ler-se a seguinte inscrição:

"Era da criação do Mundo de 6681 anos, do nascimento de Nosso Senhor Jesus de 1482 anos, o mui alto, mui excelente poderoso príncipe, el-rei D. João II de Portugal mandou descobrir esta terra e pôr estes padrões por Diogo Cão, escudeiro da sua casa".


O segundo exemplo é uma reconstituição (também presente na S. Geografia) do padrão de S. Gregório, colocado por Bartolomeu Dias no Penedo das Fontes (False Island), em 12 Março de 1488.




Mas outras marcas foram ficando.
Diogo Cão, seguindo as ordens de D. João II, pretendia encontrar uma passagem, por África, entre o Oceano Atlântico e o Oceano Índico. Sabemos que tentou isso, navegando pelo rio Zaire, descobrindo o Reino do Congo. Nessa viagem, ele e seus companheiros desembarcaram e deixaram a marca da sua presença nas pedras de Ielala, ou seja, o limite navegável do rio. Estávamos em 1485. Eis a inscrição onde pode ler-se o seguinte texto:

Aqui chegaram os navios do esclarecido rei Dom João o segundo de Portugal: Diogo Cão, Pedro Anes, Pedro da Costa
Noutra rocha lêem-se, em grupos, outros nomes: Álvaro Pires/ Escolar; Antão; João de Santiago; Diogo Álvares (com uma cruz em cima) e, ainda noutra, Gonçalo Álvares, nome que aparece repetido a seguir a uma cruz e à expressão da Doença, escrito, certamente, para assinalar a sua morte.

Fica aqui uma fotografia recente da pedra de Ielala:



A aventura e o desejo de servir el-rei andaram sempre de mãos dadas com a morte, nesta empresa dos Descobrimentos!